A sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vai sacramentar o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro , será retomada na manhã desta sexta-feira (30). O último dia de julgamento inicia com o voto da ministra Cármen Lúcia, vice-presidente da Corte. Ao que indica, será dela o voto que vai formar maioria pela inelegibilidade de Bolsonaro.
Nesta sexta-feira, três ministros precisam proferir o voto. Além de Carmén Lúcia, votam ainda os ministros Kássio Nunes Marques e o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. A sessão desta sexta será a última da Corte antes do recesso do judiciário.
Nesta quinta-feira, a sessão foi suspensa por Moraes por volta das 13h, logo após o ministro André Tavares votar pela inelegibilidade de Bolsonaro. Com o voto, o placar pela inelegibilidade de Bolsonaro está em 3 a 1.
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Conforme o ministro Tavares, depois da eleições, uma série de ações de populares, acampados em quartéis e realizando paralisações em rodovias, motivados por uma falsa causa divulgada pelo discurso de Bolsonaro, ocorreram porque o ex-presidente se valeu de estratégia eleitoral não ortodoxa inequívoca para ampliar uma mensagem implícita: a de que não precisaria aceitar o resultado eleitoral e que poderia usar as Forças Armadas para uma intervenção.
A previsão é de cinco votos favoráveis à inelegibilidade contra dois em defesa de Bolsonaro. Caso fique inelegível, Bolsonaro só poderá voltar a disputar eleições em 2030.
PublicidadeVeja quem falta votar
CÁRMEN LÚCIA
Vice-presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia deve acompanhar o voto do relator Benedito Gonçalves no julgamento. É ministra do Supremo Tribunal Federal desde 2006, indicada pelo presidente Lula.
KASSIO NUNES MARQUES
Indicado em 2020 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques é voto contabilizado a favor de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente também aposta em Nunes Marques para um pedido de vistas, que possibilitaria mais tempo para o julgamento.
ALEXANDRE DE MORAES
O último voto do julgamento que pode resultar na inelegibilidade de Jair Bolsonaro será dado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Seu voto deve ser pela cassação dos direitos políticos de Bolsonaro. É ministro do Supremo Tribunal Federal desde 2017, quando foi indicado pelo então presidente Michel Temer. Antes, foi ministro da Justiça do próprio Temer.