O filho mais jovem do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, compareceu na tarde desta quinta-feira (7) na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento sobre o suposto crime de tráfico de influência. O filho 04 foi acompanhado do advogado de sua família, Frederick Wassef. Seu depoimento estava previsto para acontecer ainda em dezembro de 2021, mas foi adiado afirmando que sofria de um problema de saúde.
Jair Renan é suspeito de tráfico de influência por meio de sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para facilitar o acesso de empresários do ramo da mineração e construção ao Ministério do Desenvolvimento Regional durante a gestão do ex-ministro Rogério Marinho. Os empresários, sócios do grupo empresarial Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, teriam dado um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil a Jair Renan um mês antes de se encontrar com o ministro.
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O encontro inclusive chegou a contar com a presença de Jair Renan, mas seu nome não foi registrado na ata da reunião. Wassef, porém, nega que tenha ocorrido qualquer encontro do filho do presidente com os referidos empresários, bem como a doação do veículo. O advogado afirma se tratar de um ataque orquestrado por parlamentares da oposição.
Após o depoimento, o 04 reafirmou a fala do advogado, alegando nunca ter pedido nada a qualquer um dos envolvidos na negociação do Ministério do Desenvolvimento Regional e não ter sido um dos interessados na reunião. “Nunca pedi para ir a reunião. Só me convidaram. Fui porque conhecia o pessoal lá. Entrei mudo e saí calado”, disse em entrevista ao SBT ao sair do local.