O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comentou nesta quinta-feira (8) o conteúdo de mensagens vazadas que indicam que procuradores da Lava Jato usaram a Rede Sustentabilidade para uma ação contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
“Ninguém tutela a Rede, não sei de onde tiraram, inventaram, que o Deltan teria usado, não tem cabimento essa história. Existe um mundo que vai além do Fla Flu, é possível combater a corrupção, apoiar a Lava Jato e ao mesmo tempo ter medidas de oposição à Lava Jato quando compreender que ela se excedeu”, disse ao Congresso em Foco.
Reportagem publicada na quarta-feira (8) pelo jornal Folha de São Paulo em parceria com o site Intercept mostrou que o chefe da Força Tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal), Deltan Dallangol, disse em mensagens no Telegram que usou a Rede Sustentabilidade para mover uma ação no STF contra o ministro da Corte, Gilmar Mendes.
“Movemos ação por conta do liberou geral de presos do ministro Gilmar Mendes. Na qual ele liberou o ex-governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB, e comprometeria todas as ações de combate a corrupção se continuasse com aquele liberou geral”, disse o líder da oposição no Senado.
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O senador da Rede declarou que “todas as ações que a Rede Sustentabilidade moveu no Supremo Tribunal Federal, e não foram poucas, foram por convicção”.
Para justificar seu apoio ao seu site Intercept, Randolfe disse que entrou na quarta-feira com uma ação para que o editor do site Glenn Greenwald não seja preso por divulgar o conteúdo das mensagens.
“Foi a Rede também que moveu ação para garantir a liberdade de Glenn Grenwald, do Intercept, responsável pelos vazamentos. Nenhum outro partido, Psol, PT, levou ação para defender Glenn no Supremo, a Rede entrou”, disse.
Desde o dia 9 de junho, o site Intercept faz uma séries de reportagens que revelam que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, atuava em conluio com os procuradores da Lava Jato na condução da operação quando era o juiz responsável por analisar os casos de 1ª instância em Curitiba.
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