Hequel da Cunha Osório é o homem que tentou acabar com uma manifestação pacífica na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele é pai de Hequel Pampuri Osório, homem condenado pelo uso indevido de informações privilegiadas, o chamado insider trading, o que é crime no Brasil. Hequel da Cunha Osório é bolsonarista e foi presidente da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG), durante o governo de Marcello Alencar. As informações foram publicadas no Twitter pelo jornalista Eduardo Goulart de Andrade, colaborador do Intercept.
Sabe aquele “cidadão de bem” que derrubou cruzes que a ONG Rio de Paz instalou na praia de Copacabana (https://t.co/2O071kYPEG)? Pois é, o homem que desrespeitou a morte de mais de 40 mil pessoas e a dor de seus familiares e amigos se chama Hequel da Cunha Osório. (1/14) pic.twitter.com/XkAmzpQlmW
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— Eduardo Goulart de Andrade (@deolhonosdados) June 13, 2020
Conforme mostrou o jornalista, o homem é dono da HCO Consultoria de Engenharia.
Hequel Pampuri atuou como advogado da Amil. Segundo a condenação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ele utilizou de informações privilegiadas para lucrar com ações da empresa.
Assim como mostrou Eduardo Goulart de Andrade, Hequel comprou ações em nome de sua mãe, Maria Alice Pampuri Osório, “pouco antes da operadora de planos de saúde ser vendida para a gigante norte-americana UnitedHealth”.
A compra de 8 mil ações foi feita pouco antes da empresa tornar público o negócio, no dia 8 de outubro de 2012. Com a venda das ações, o homem lucrou R$ 40.760.
O pai, Haquel da Cunha Osório, apagou todas as redes sociais após seu nome ficar conhecido por ter tentado destruir uma manifestação em homenagem aos mortos da covid-19.
O apoiador do presidente Jair Bolsonaro derrubou cada umas das 100 cruzes, que estavam colocadas nas areias para lembrar das vítimas fatais.
*Errata: Na primeira versão do texto, o Congresso em Foco trocou os nomes do filho, pelo do pai. O erro foi corrigido e por ele pedimos desculpas.