Líderes do PT, do Cidadania e do PDT cobram da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que apure indícios de uso de informação privilegiada no mercado financeiro na véspera do anúncio da substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras. A suspeita sobre ganhos ilegais foi levantada pela jornalista Malu Gaspar, colunista do jornal O Globo, nessa terça-feira (2).
Em representação enviada ao Ministério Público Federal, a bancada do PT no Senado pede a abertura de inquérito sobre o caso. “Suspeita de ganhos ilegais com ações da Petrobras precisa ser apurada imediatamente”, diz Jean Paul Prates (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras.
Os seis senadores do PT e a senadora Zenaide Maia (Pros-RN) entraram nesta quarta-feira (3) com representações junto ao Ministério Público Federal e à CVM pedindo a apuração do caso. Em 22 de setembro, o vice-presidente do Cidadania, deputado Rubens Bueno (PR), já havia encaminhado ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando que acionasse a CVM para investigar possível manipulação do mercado na compra e venda de ações e opções da Petrobras e outras estatais em decorrência do anúncio da demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também encaminharam pedido com o mesmo propósito ao governo.
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Segundo estimativa feita pelo Globo, a partir da base de dados públicos disponíveis no site da Bolsa de Valores de São Paulo, os compradores dos papéis podem ter lucrado até R$ 18 milhões – um lucro de até 11.125%. As transações sob suspeita ocorreram 20 minutos após o final de uma reunião no Palácio do Planalto, em que o presidente Jair Bolsonaro discutiu com seis ministros os aumentos nos preços dos combustíveis promovidos pela Petrobras.
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