A ex-deputada Cristiane Brasil, pré-candidata do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) à prefeitura do Rio de Janeiro e filha do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, é procurada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Há um mandado de prisão aberto contra ela.
Cristiane é um dos alvos da Operação Catarata, comandada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas não foi localizada no endereço atribuído a ela. Assessores de imprensa da ex-deputada afirmaram que ela deverá se entregar aos policiais.
Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai. Continua…
— Cristiane Brasil (@crisbrasilreal) September 11, 2020
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Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para ver q a busca contra mim é desproporcional. Isso deve ter dedo da Martha Rocha, do Cowitzel e do André Ceciliano. Vingança e política ñ são papel do do MP nem da Polícia Civil.
— Cristiane Brasil (@crisbrasilreal) September 11, 2020
A operação prendeu, nesta sexta-feira (11), o secretário de Educação do estado do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, e outras três pessoas – há o quinto mandado de prisão, contra a ex-deputada. A operação investiga fraudes em contratos de assistência social firmados pelo município e pelo estado do Rio do Janeiro.
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O envolvimento do secretário de educação no esquema investigado não tem conexão, porém, com o atual cargo – Pedro Fernandes comandava a Fundação Leão XIII. Segundo as investigações, a fundação, ligada ao governo do estado e que teria fraudado R$ 120 milhões em contratos entre 2013 e 2018. A atuação fraudulenta, porém, teria chegado à secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida da prefeitura do Rio de Janeiro, comandada por Cristiane.
Pedro está em prisão domiciliar, uma vez que apresentou aos policiais um exame positivo para Covid-19. Esta é a segunda fase da operação, que investiga fraudes nos contratos de assistência social. A primeira etapa ocorreu em julho do ano passado, e resultou na prisão de sete pessoas ligadas à fundação Leão XIII.
Cristiane, que foi deputada entre 2015 e 2019, chegou a ser indicada para o cargo de ministra do Trabalho durante o governo de Michel Temer. Em janeiro de 2018, a então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu a posse do cargo, por considerar que a indicação de Cristiane feria o princípio constitucional da moralidade, uma vez que pesavam contra a deputada condenações na própria justiça trabalhista. no mês seguinte, a indicação ao cargo foi anulada.
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