A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou nesta quarta-feira (8) uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que seja investigada a conduta de procuradores da força tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Leia a íntegra.
Na solicitação, a OAB pede investigação sobre uma possível “camuflagem” dos nomes dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em denúncia apresentada pela força tarefa.
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Maia e Davi aparecem em uma denúncia no âmbito da operação como “Rodrigo Felinto” e “David Samuel”. O caso foi revelado pelo site Poder360. As formas menos conhecidas de se tratar o deputado e o senador são vistas como uma maneira dos procuradores tentarem driblar a apuração dos casos e não os enviarem aos foros adequados na Justiça.
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Também é pedida para apurar denúncia de que agentes do FBI teriam atuado em investigações realizadas no território nacional. O caso foi revelado por uma reportagem dos sites The Intercept Brasil e Agência Pública.
A solicitação também pede que seja investigado o sistema de gravações telefônicas usado nos alvos da operação. As gravações já foram questionadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
PublicidadeNo último dia 28, a procuradoria-geral da República (PGR) elevou o tom contra a força-tarefa da Lava Jato e afirmou que mesmo com êxitos obtidos e reconhecidos pela sociedade, a operação “não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal (MPF), mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internos da instituição”. A reação da PGR aconteceu depois da saída de três procuradores da Operação numa divergência com a subprocuradora e coordenadora da força-tarefa na PGR, Lindora Araujo.
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