O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) abriu um inquérito contra o Facebook no Brasil. A empresa, segundo os procuradores, vem se recusando a passar à Justiça as conversas que um investigado por tráfico internacional de drogas mantinha com outros suspeitos, mesmo após a determinação da quebra de sigilo de dados dele.
O investigado, segundo o MPF, falava pelo Facebook Messenger, a ferramenta de mensagens da própria rede social. Após a Justiça determinar quebra de sigilo dos dados, o Facebook disse inicialmente que o perfil do suspeito não havia enviado ou recebido mensagens.
Nas investigações, porém, os procuradores descobriram em um celular apreendido que o suspeito falava com mais 20 pessoas, e então o Facebook se desmentiu. Apesar de a empresa ter reconhecido que as mensagens existem, porém, a Justiça ainda não teve acesso ao conteúdo delas.
O MPF deu ao Facebook um prazo de 30 dias para que a empresa esclareça seus procedimentos para pedidos judiciais, “as medidas de controle quanto à veracidade de informações prestadas” e a existência ou não de apuração interna sobre a aparente mentira repassada às autoridades.
Em nota, o Facebook diz ainda não ter conhecimento do inquérito contra a empresa. “Respeitamos as autoridades brasileiras e estamos em contato com o Ministério Público Federal para esclarecer o caso. Ainda não fomos notificados sobre esta investigação, mas estamos à disposição do MPF”, informou o Facebook.
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