O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação penal contra o ex-senador Romero Jucá e o ex-senador Edison Lobão, além de outras pessoas, por recebimento de valores indevidos em razão da retomada das obras civis da Usina Nuclear de Angra 3.
De acordo com o MPF, o grupo de Jucá recebeu em propinas ao menos R$ 1.332.750,00. Já o de Edison Lobão chegou a receber R$ 9.296.390,00.
As denúncias são resultados do desdobramento das Operações Radioatividade, Pripyat, Irmandade, Descontaminação e das investigações dos crimes praticados no bojo das obras de construção da Usina Nuclear de Angra 3.
A escolha de Othon Luiz Pinheiro da Silva para a presidência da Eletronuclear se deu, de acordo com o MPF, por influência do MDB, partido dos ex-senadores. Com isso, começaram os movimentos para o pagamento do chamado custo político em decorrência da retomada das obras de Angra 3, que estavam paralisadas há mais de vinte anos.
“Tal indicação no cargo se deu, portanto, em razão de sua atuação para beneficiar o grupo criminoso formado por caciques do MDB, dentre eles Edison Lobão e Romero Jucá, que receberam valores indevidos em razão da retomada das obras de Angra 3”, pontuam os procuradores da força tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.
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O Congresso em Foco entrou em contato com Romero Jucá, mas ainda não teve retorno. O site não conseguiu localizar Edison Lobão.
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