Ao longo desta quinta-feira (1), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) comentaram a indicação feita pelo presidente Lula (PT) do seu advogado Cristiano Zanin Martins para ministro da Suprema Corte
A presidente do STF, Rosa Weber, destacou a ausência de mulheres nos tribunais superiores.
Rosa Weber: “Aqui no Brasil, nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”
A ministra fez a declaração após reunião com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, em visita ao Brasil. Com Cristiano Zanin, a Corte permecerá com uma composição de 9 homens e duas mulheres.
O ministro Luiz Fux afirmou que a escolha foi “ótima”. O ministro Nunes Marques teve avaliação semelhante: “Muito boa”.
O magistrado Luís Roberto Barroso comentou que Zanin tem “elevada qualidade profissional” nos casos que tramitaram no STF. “Minha visão dele é a de um advogado sério e competente, que exibiu dedicação ao cliente e conduta ética, mesmo diante da adversidade. Da minha parte, será muito bem-vindo”, afirmou.
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Por fim, o decano da corte, Gilmar Mendes, afirmou ser uma indicação “positiva, de uma pessoa qualificada, que vai integrar-se bem ao tribunal”. No Twitter, o ministro Gilmar Mendes disse que a notícia é “alvissareira”.
É alvissareira a notícia de que o nome do brilhante advogado @Cristianozaninm foi encaminhado à apreciação do Senado Federal. O Dr. Zanin sempre demonstrou elevado tirocínio jurídico em sua trajetória profissional.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) June 1, 2023
Zanin foi advogado de Lula ao longo de todos os processos da Operação Lava Jato, protagonizadas pelo atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), e defendeu o presidente Lula no processo que levou a sua prisão, em 2018 e 2019. O escritório de Zanin defendeu Lula no STF e levou o caso à ONU (Organização das Nações Unidas).
Zanin assumirá a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, em abril.
A indicação de Zanin perpassa pela sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e irá posteriormente a votação em plenário, que não deve trazer resistência ao nome. O processo de escolha do novo ministro da Suprema Corte só é finalizado depois de o nome ser aprovado no plenário do Senado Federal. Só então o STF pode marcar a posse.