O juiz federal Danilo Pereira Junior pôs em liberdade o ex-presidente Lula na tarde desta sexta-feira (8). A decisão já foi comunicada à Polícia Federal, que pode soltar o petista a qualquer momento. Em seu despacho, o magistrado pediu às autoridades públicas e aos advogados do ex-presidente que adotem protocolos de segurança para impedir confrontos entre simpatizantes e opositores de Lula.
“Determino, em face das situações já verificadas no curso do processo, que as
autoridades públicas e os advogados do réu ajustem os protocolos de segurança para o
adequado cumprimento da ordem, evitando-se situações de tumulto e risco à segurança
pública”, escreveu Danilo Pereira Junior em seu despacho.
> Veja a íntegra da decisão do juiz
A decisão veio após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu na noite de ontem pela inconstitucionalidade da prisão em segunda instância.
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O advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, protocolou na manhã desta sexta, após se reunir com o ex-presidente, o pedido para a libertação do ex-presidente. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o ex-presidente vai para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, assim que for solto em Curitiba. Antes, porém, pretende se encontrar com os participantes da vigília feita por ele na capital paranaense.
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Publicidade“Depois de conversar com Lula, estamos aguardando o alvará de soltura do ex-presidente. Depois de visitar a vigília, ele irá para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, vai voltar à vida pública de onde começou”, afirmou Gleisi, mais cedo, pelo Twitter. O sindicato também foi palco do último discurso público de Lula antes de sua prisão, em 7 de abril de 2018.
Deputados petistas ouvidos pelo Congresso em Foco informaram que há possibilidade de Lula só embarcar para São Bernardo do Campo na manhã deste sábado, mas ainda não há confirmação. Um grande ato, com a presença do ex-presidente, está previsto para começar às 10h deste sábado na sede do sindicato.
Lula foi preso em Curitiba na superintendência da Polícia Federal em uma cela de sala de Estado Maior, pelo cargo que ocupou. Ele foi condenado em primeira e segunda instância no caso do triplex do Guarujá.