O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro decidiu nesta quarta-feira (31) que a cassação do vereador fluminense Gabriel Monteiro na Câmara Municipal o torna inelegível. Com isso, fica impugnada sua candidatura a deputado federal pelo PL, que responde na justiça desde o período de registros de campanha para lançar seu nome. A decisão não é definitiva, havendo ainda possibilidade de recurso.
O pedido de impugnação da candidatura partiu de André Barros, candidato a deputado federal pelo Psol, com base nas acusações reconhecidas contra Gabriel Monteiro em seu processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal. O vereador foi cassado por aproveitar-se de pessoas em situação vulnerável para forjar situações que o promovam politicamente, de enriquecer com tais situações além de repetidos episódios de assédio e abuso sexual contra pessoas menores de idade e funcionários de seu gabinete.
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De acordo com André Barros, os recorrentes episódios de quebra de decoro e abuso de poder enquanto parlamentar no âmbito municipal torna “inequívoco que [Monteiro ] não possui a menor condição moral para ser deputado federal”, e que portanto “não reúne as condições de elegibilidade para disputar as eleições para o cargo de deputado federal”.
O candidato ainda ressaltou o impacto de seus escândalos sexuais sobre a função de deputado. “Quem filma e armazena vídeo praticando sexo com adolescente de 15 anos, sabendo da idade da vítima, possui condições morais para ser deputado federal? Parlamentar que pratica assédio moral e sexual contra assessores possui condições morais para ser deputado federal?”, questiona.
Em seu perfil no Twitter, Gabriel Monteiro respondeu à impugnação com um trecho bíblico, com os dizeres “Não se alegre a minha inimiga com a minha desgraça. Embora eu tenha caído, eu me levantarei. Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz”. Anunciou que entrará com recurso, e que “serei o deputado federal mais combativo. Irei honrar cada voto de vocês”.