Muito antes de naufragar no dia 15 de abril de 1912, a tripulação do Titanic já tinha avistado o iceberg em que o navio bateria um dia antes, provocando uma das maiores tragédias náuticas da história. O problema é que não é fácil manobrar um transatlântico de 269 metros de comprimento, 28 metros de largura, 53 metros de altura e 46 mil toneladas. As tentativas evitaram que a embarcação batesse de frente com o iceberg, mas o imenso bloco de gelo foi rasgando a lateral do navio e enchendo o seu interior de água, até que ele, não resistindo, partiu-se em dois.
Ainda no governo Fernando Henrique Cardoso alguns cientistas políticos começaram a avistar no horizonte um iceberg chamado “judicialização da política”. Uma tendência de mais e mais levar as questões da política para serem resolvidas nas barras dos tribunais. Algo produzido por certa inação do Legislativo, em muitos momentos. O fato é que não foram poucas as vezes em que os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) cresceram desbalanceando o sistema de freios e contrapesos da República brasileira.
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