Os partidos que compõem a coligação da chapa de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) protocolaram uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo uma investigação contra o que chamam de “ecossistema de desinformação” promovido por Jair Bolsonaro (PL). Além de citar o nome do presidente, a ação pede que seja apurada a produção em massa de fake news de uma rede de mais de 40 pessoas, incluindo os filhos de Bolsonaro, parlamentares de sua base e proprietários de diversos perfis bolsonaristas nas redes sociais.
De acordo com a representação legal dos partidos, os nomes citados interagem nas redes sociais visando gerar caos ao redor de temas centrais do debate público, em especial em relação ao próprio sistema eleitoral. “Os investigados se valem de suas redes sociais para produção de conteúdo e o compartilhamento de desinformação, em razão do alcance exponencial possibilitado pelas plataformas e da credibilidade que lá possuem”, ressaltam.
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Além de desinformar o usuário, esses perfis acabam comprometendo a própria decisão eleitoral ao induzir eleitores a apoiar determinados candidatos com base em informações falsas. Dispondo de ampla base de usuários, replicando o formato de veículos jornalísticos e muitas vezes falando dentro do exercício de cargo público, os envolvidos acabam por potencializar esse efeito.
Além de solicitar a investigação, a coligação solicita em caráter liminar o bloqueio de diversos perfis identificados por eles como parte dessa rede, como dos filhos de Jair Bolsonaro que ocupam função parlamentar, da deputada Carla Zambelli (PL-SP), da deputada Bia Kicis (PL-DF), do empresário Otávio Fakoury (presidente do PTB de São Paulo), entre outros.
Também houve pedido para o bloqueio liminar do conteúdo da rede “Brasil Paralelo”, empresa que produz conteúdo audiovisual de divulgação das pautas do presidente Jair Bolsonaro, bem como dos perfis de Rodrigo Constantino, agitador político bolsonarista. Canais do Telegram de apoio ao presidente também são citados na ação.