“Mundo, mundo, vasto mundo, se me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução”. Carlos Drummond de Andrade
Não é rara a destruição de reputações de num dia para o outro. Nestes tumultuados dias, a reputação atingida é a do ex-ministro Sérgio Moro. Magistrado exemplar que desempenhou sua missão com destemor, enfrentando quadrilhas organizadas que tomaram conta do crime e da política.
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Desde o episódio da corrupção no caso Banestado, que Moro mantém conduta dura contra criminosos e recebeu da população apoio, além de reconhecimento internacional pelo seu conhecimento jurídico e desempenho na função pública. Condecorado por inúmeras instituições, recebeu dezenas de convites para expor as suas ações.
Auxiliado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, agiu com espírito público sem receio de ser assassinado pelo crime organizado ou por loucos de toda espécie. Não seria surpresa, pois, em outros países com problemas idênticos, magistrados foram eliminados com crueldade.
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Optar pelo exercício da magistratura é ato de desprendimento. A responsabilidade de julgar solitariamente sobre o futuro de pessoas, as quais, muitas das vezes, inocentes desavisados envolvidos pelas teias do crime.
Na nossa cultura, criticar os personagens heroicos da nossa história que são, ao longo dos anos, desnudados e expostos, especialmente nesta quadra de redes sociais e seus robôs preparados para impulsionar mensagens mentirosas, que, em minutos, transformam heróis e bandidos.
O episódio da saída de Moro expôs o real mito, Jair Bolsonaro, e o levou às cordas. Bolsonaro foi inexpressivo parlamentar profissional, especializado em agredir minorias e louvar ditadores e torturadores.
No longo período de escândalos por toda parte, o esperto Messias saiu Brasil afora divulgando suas ideias absurdas, mas aceitas pela população com o discurso de acabar com a corrupção institucional e derrotar os “comunistas”, como se ainda houvesse seguidores fiéis à ideologia. Era e é uma farsa.
A aceitação de Sérgio Moro para ser Ministro da Justiça e Segurança Pública deve ser olhada como ato de coragem e espírito público. Ainda existem pessoas que acreditam ser possível progredir com ações que independem do presidente da República. E Moro, chegou e fez certo. Com o slogan “Faça Certo” a sua gestão no Ministério da Justiça e Segurança Pública primou em obedecer à lei e à Constituição.
A denúncia que fez contra Bolsonaro e sua família atende ao clamor público, cansado de assistir a defesa irresponsável que faz de seus filhos e outros investigados. Aceitar a imposição do presidente para interferir na Polícia Federal é admitir a participação em ato ilegal. Moro saiu, e saiu tarde, pois suportou muito as investidas de um presidente desregulado mentalmente.
É bom Bolsonaro “jairseacostumando” com a perda do poder, na melhor hipótese, e do mandato. O Brasil precisa de modificações no processo eleitoral para impedir que candidatos, como ele, cheguem ao poder sem o conhecimento profundo da sua vida pregressa e debate intenso com seus concorrentes. Motivos que impeçam a presença nos debates deveriam desclassificar a candidatura do ausente.
Além destas questões, vale imaginar se Sérgio Moro não é um agente infiltrado no governo para apurar as acusações feitas a Bolsonaro e a seus filhos, todos escolhidos pelo voto soberano do eleitor.
A lei que garante ao policial agir infiltrado em quadrilhas, excepcionalmente pode, por analogia, ter sido estendida pelo Poder Judiciário ao juiz, quando convidado a assumir o Ministério da Justiça, com as garantias de magistrados.
Pode ser estapafúrdia a hipótese, mas, Jair Messias Bolsonaro é, também, estapafúrdio.
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Moro infiltrado pelo judiciário? Aí é demais né?
Quem ciagiu o porteiro do condomínio a mudar seu depoimento? Moro usou as ferramentas que conhece, a arbitrariedade a inconstitucionalidade.
Moro não é santo, é um bandido de toga como muitos. Aceitou o cargo porque é igual ao Bozo, e não aguentou a disputa da estrela brilhante. Preparou sua saída com sua esperteza, deve ter dosie e gravações dos inimigos e vai usar na hora certa.
O ideal é que tanto Moro quanto Bozo morram pelo caminho os dois são prejudiciais ao país.