Uma das cerca de 200 cidades com manifestações previstas para este domingo (30), Brasília voltou a receber manifestantes vestidos de verde e amarelo em ato em frente ao Congresso Nacional, a exemplo do que já havia ocorrido em 26 de maio.
Apoiadores do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foram à Esplanada defender o ex-juiz das acusações de que agiu de maneira indevida na condução da Lava Jato, o legado da megaoperação, a reforma da Previdência e o próprio presidente Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, os manifestantes atacaram o ex-presidente Lula, políticos de maneira geral e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A pauta dos atos convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), pelo Vem pra Rua e pelo Nas Ruas ficou estampada nos bonecos infláveis erguidos no gramado do Congresso. Um deles trazia Moro no papel de Super-Homem. Outro, já utilizado em diversas manifestações, remete à figura de Lula como presidiário. Um terceiro adereço erguido reúne as imagens de Lula, do ex-ministro José Dirceu e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo. Na última terça, Gilmar defendeu a soltura de Lula enquanto a corte não julgasse um pedido de liberdade apresentado pela defesa do petista. A sugestão acabou rejeitada.
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Além de Gilmar, outros ministros foram hostilizados pelos manifestantes, que também defenderam a instauração de uma CPI para investigar integrantes das cortes superiores, a chamada CPI da Lava Toga, barrada no Senado. Eles ergueram também faixas pedindo o fim da impunidade e da corrupção e defendendo a reforma da Previdência. Cantaram o Hino Nacional, orações e músicas de apoio a Moro, a Bolsonaro e à Lava Jato. Não houve registro de tumulto.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que não vai divulgar balanço sobre o número de pessoas presentes. A maioria das manifestações convocadas para este domingo deve ocorrer à tarde. Abaixo, um registro em vídeo feito por militantes do Nas Ruas do ato ocorrido em Brasília:
PublicidadeAs manifestações foram convocadas pelas redes sociais para defender o ministro Sergio Moro, acusado de orientar a força-tarefa da Lava Jato nas investigações que resultaram, entre outras coisas, na condenação do ex-presidente Lula. Moro enfrenta questionamentos desde o início do mês com a publicação de uma série de reportagens do site The Intercept, que reproduz diálogos dele e de procuradores da República.
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