Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta terça-feira (13) diz que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes usou o setor de combate a desinformação do TSE para investigar bolsonaristas de forma não oficial. As informações obtidas, segundo a matéria da Folha, serviram para embasar decisões de Alexandre no inquérito das fake news, que tramita no STF.
A matéria da Folha pode ser conferida neste link, com restrições para não-assinantes do jornal.
O gabinete do ministro nega ter cometido irregularidades e diz que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.
A apuração da Folha foi feita com base em mensagens trocadas por WhatsApp por auxiliares do ministro, obtidas por meio de “fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker”, segundo a reportagem. Nelas, integrantes da equipe de Alexandre aparecem fazendo pedidos informais a funcionários do TSE por relatórios contra aliados de Jair Bolsonaro.
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Os nomes mais frequentes nos pedidos informais, segundo a matéria, foram o juiz instrutor Airton Vieira, assessor do ministro, e o perito criminal Eduardo Tagliaferro, à época chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Tagliaferro disse à Folha que “cumpria todas as ordens” que lhe eram dadas e que não se recorda “de ter cometido qualquer ilegalidade”.