A defesa do empresário Carlos Wizard acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele tenha o direito de não comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A oitiva dele está prevista para esta quinta-feira (17) e, como houve uma convocação, caso não compareça e não apresente respaldo judicial, Wizard poderá ser alvo de condução coercitiva.
O pedido de habes corpus (HC) foi apresentado nesta terça (15) e os advogados também pedem o direito de que, caso o empresário decida comparecer, ele possa prestar depoimento de forma virtual e, até mesmo, permanecer em silênicio diante de perguntas que não queira responder. A defesa alega que Wizard está nos Estados Unidos e, portanto, não chegaria em tempo para o depoimento presencial.
Ainda de acordo com os advogados, Carlos Wizard esteve em agendas do governo como “mero convidado” do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por, aproximadamente, 20 dias de maneira voluntária e “pro bono”, auxiliando o ministro na transição de comando. Eles afirmam, igualmente, que o empresário não ocupou cargos ou tomou decisões dentro da pasta.
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Carlos Wizard é apontado como suspeito de integrar um suposto “gabinete paralelo” para subsidiar o presidente Bolsonaro com informações sobre a pandemia. A presidência da CPI já negou outros direitos à defesa, como o acesso aos documentos de investigação que constam sobre ele.