O ministro da educação, Abraham Weintraub, tem até cinco dias para comparecer à Polícia Federal e prestar esclarecimentos sobre suas falas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na reunião ministerial do dia 22 de abril. A decisão foi do ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. As informações foram publicadas pela CNN Brasil.
Moraes solicitou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, responda se acha necessário acompanhar o depoimento do ministro.
“A gente está perdendo a luta pela liberdade. É isso que o povo está gritando. Não está gritando para ter mais estados ou mais projetos. O povo está gritando por liberdade. Ponto. É isso que a gente está perdendo. Está perdendo mesmo. O povo está querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por, mim, botava esses ‘vagabundos’ todos na cadeia, começando no STF. É isso que me choca”, disse Abraham Weintraub durante a reunião ministerial.
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O decano Celso de Mello, que determinou a divulgação do conteúdo da reunião, acredita que há nessa fala um possível crime.”Constatei, casualmente, a ocorrência de aparente prática criminosa, que teria sido cometida pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub”, escreveu.
Na sessão virtual da Corte na tarde desta terça, Celso afirmou: “Sem um Poder Judiciário independente, que repele injunções marginais e ofensivas ao postulado da separação de poderes emanadas de mentes autoritárias que buscam ilegitimamente controlar o exercício da jurisdição, jamais haverá cidadãos livres nem regime político fiel aos princípios e valores que consagram o primado da democracia”.
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