Encerradas as definições dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, o governo se prepara para prosseguir com a reforma ministerial para lubrificar o relacionamento com o Legislativo, com quem enfrenta complicações desde o final do último ano. O União Brasil, um dos partidos que compõem a ala mais instável da base, se pronunciou nesta segunda-feira (4) reivindicando a permanência de seus quadros.
O partido conta hoje com dois ministérios: o do Turismo, chefiado por Celso Sabino, e o das Comunicações, aos cuidados de Juscelino Filho. O primeiro é cobiçado pela bancada do PSD, partido insatisfeito com suas atuais pastas (Pesca, Minas e Energia, Agricultura) e contesta maior participação dentro do Executivo desde a retirada de seu candidato à presidência da Câmara, Antonio Brito (PSD-BA).
Em nota, o novo líder do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (União-MA), defendeu a permanência de seus colegas, apontando “avanços significativos que suas gestões têm trazido para o Brasil”.
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Na pasta de Comunicações, o parlamentar credita a gestão de Juscelino Filho à expansão do programa Nordeste Conectado, de promoção da infraestrutura digital na região, bem como a implementação das redes de 5G e projetos de acesso à internet no meio rural. No Turismo, o partido ressaltou que Juscelino Filho foi eleito presidente do Conselho Executivo de Turismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção internacional é exatamente uma das prioridades do presidente Lula para 2025.
Esta não é a primeira vez que o União Brasil se preocupa com a permanência no controle do Ministério do Turismo. No primeiro semestre de 2023, a então ministra e hoje deputada Daniela Carneiro (RJ) abriu um processo na Justiça Eleitoral reivindicando sua migração ao Republicanos. A possibilidade de perda da pasta levou o partido a cogitar a saída da base do governo.