O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou à CPI da Covid-19 que envie, em 48 horas, mais elementos para analisar o pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de suspensão da quebra de sigilo eletrônico das suas redes sociais. O requerimento foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O motivo da quebra do sigilo seria a live feita por Bolsonaro no dia 21, onde associou de maneira mentirosa a vacinação contra a covid-19 com um suposto aumento de contaminação por HIV, o vírus que provoca a Aids. A live acabou retirada do ar, primeiro pelo Facebook, e em seguida pela Google, que é dona do YouTube.
No mandado de segurança, assinado pelo Advogado-Geral da União, Bruno Bianco Leal, Bolsonaro alega que a CPI decretou, “de forma completamente ilegal e inconstitucional, a quebra de sigilo de dados telemáticos de Bolsonaro.
A defesa alegou ser “absolutamente injustificado e desproporcional, com alusão a ela, vindicar quebra com esta máxima retroatividade, o que revela outra causa autônoma de inconstitucionalidade do Requerimento parlamentar.”
Por conta da live com as informações mentirosas, Bolsonaro continua bloqueado pelo YouTube. Por conta disso, ele tentou usar outros canais para fazer suas transmissões. Na sexta-feira (29), o YouTube retirou do ar uma outra live que o presidente transmitiu, na quinta-feira (28) pelo canal do seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).