A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira (21) pelo tratamento dispensado aos senadores por ocasião da votação do veto ao congelamento de salários de servidores públicos. Após votação no Senado na quarta-feira (19), que rejeitou o veto, Guedes afirmou que o impacto potencial da medida era de até R$ 120 bilhões e classificou a decisão dos senadores de “desastre” e “crime contra o país”. Após articulação, a Câmara reverteu o resultado e manteve o veto.
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A votação no Senado contou com um placar apertado – foram 42 votos pela rejeição e 30 pela manutenção do veto. Thronicke foi uma das aliadas do governo que votou a favor da derrubada dos vetos. Outro senador que não seguiu a orientação do governo foi Izalci Lucas (PSDB-DF), vice líder do governo.
“A sorte do Min. Paulo Guedes é que os Senadores são bem mais polidos do que ele”, escreveu ela no Twitter. Ela complementou afirmando que Guedes não irá escapar da reprimenda. “Irresponsabilidade tem limites, e ele não está cuidando da economia da casa dele. Estamos tratando de um país!”
A sorte do Min. Paulo Guedes é que os Senadores são bem mais polidos do que ele.
Mesmo assim esse Sr não vai escapar da reprimenda, pois irresponsabilidade tem limites, e ele não está cuidando da economia da casa dele. Estamos tratando de um país!
Publicidade— Soraya Thronicke (@SorayaThronicke) August 21, 2020
Ontem, a senadora havia compartilhado trecho de fala do ministro em comissão do Congresso no qual ele afirma que “médicos, policiais militares, enfermeiros, todo mundo que estiver na linha de frente de combate deve ser uma exceção a qualquer, digamos assim, impedimento de aumento de salário”.
… E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.
João 8:32 pic.twitter.com/98Xm7Z7rnB
— Soraya Thronicke (@SorayaThronicke) August 20, 2020
O trecho vetado impedia reajustes salariais e contagem de tempo de serviço para profissionais da linha de frente do combate à pandemia de covid-19. O veto faz parte da lei de socorro a estados e municípios, que liberou R$ 60 bilhões para estados e municípios durante a crise sanitária. O congelamento de salários era a contrapartida à ajuda financeira.