Associações representativas de servidores do Judiciário e do Ministério Público no Distrito Federal emitiram uma nota criticando a maneira com que o Governo Federal vem tratando as categorias. Segundo o grupo, o Planalto tem, repetidas vezes, emitido ataques diretos e indiretos aos servidores do serviço público, sem nem ao menos tentar dialogar com eles.
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“A despeito das investidas do Governo Federal para atacar e denegrir nossa imagem perante a opinião pública, a [União das Associações dos Servidores do Judiciário e do Ministério Público] UNAJUD-MP esclarece que não há qualquer pretensão de desencadear campanha para reajuste salarial dos servidores do Judiciário e do Ministério Público Federal como quer fazer crer o Governo e parte do Parlamento”, afirma a nota.
Um dos pontos em questão, é o congelamento dos salários dos servidores. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu no sábado (9) para que os servidores públicos aceitem o congelamento dos salários pelos próximos 18 meses.
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“É fundamental que o dinheiro da saúde não tenha nenhuma possibilidade de virar aumento de salário no próximo ano. Por isso, estamos pedindo uma contribuição do funcionalismo, que não peçam aumentos, que sejam suspensos os aumentos”, disse Paulo Guedes. “Promoções de carreiras, seja na carreira civil ou militar, seguem normais. Promoção não é aumento de salário generalizado, é somente uma promoção. Aumentos funcionais, tudo bem. Pedimos é que não haja um aumento generalizado”, disse Guedes.
Esse tipo de fala, na visão da UNAJUD-MP, faz com que a população tenha uma visão errada dos servidores. Segundo a entidade, esse tipo de manifestação deixa a entender que eles estão pleiteando aumento salarial. “Esse esclarecimento se faz mais que necessário para desvincular da categoria ora representada qualquer ilação quanto à solicitação de reajuste salarial, como vem sendo constantemente divulgado por autoridades da área econômica e veiculado por parte da imprensa”, diz o documento.
PublicidadeOs servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público no Distrito Federal frisam ainda que estão dispostos a colaborar se sacrificando em prol da coletividade, “estamos irmanados com a sociedade brasileira para juntos atravessarmos esta crise sanitária e econômica e para levantarmos a Nação com nosso trabalho e esforços conjuntos, colocando-nos sempre a postos na execução de nossas atividades profissionais e também no papel social de pais, mães, irmãos, colegas, amigos e cidadãos brasileiros”.
Paulo Guedes
Em fevereiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que os servidores seriam “parasitas”. “O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara (funcionário público) virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo”, disse o ministro.
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