Em meio a entraves para sanção do orçamento de 2022, servidores do Ministério da Economia que trabalharam diretamente com a elaboração do documento devem deixar a pasta.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o subsecretário de assuntos fiscais da Secretaria de Orçamento Federal, Luiz Guilherme Pinto Henriques, e o subsecretário de gestão orçamentária, Márcio Luiz de Albuquerque Oliveira, já entregaram seus pedidos de exoneração no mês passado. A previsão é que as exonerações sejam oficializadas após a sanção do Orçamento.
Os servidores trabalharam diretamente na elaboração da proposta orçamentária pra esse ano, inclusive nas negociações com parlamentares. Henriques chefiou o setor que administra os gastos com folhas de pagamento e o pagamento de precatórios, dois pontos que envolveram conflitos políticos desde o final de 2021. O servidor está de férias e não retornará para a função. Ele pediu afastamento alegando motivos pessoais, justificando que faria um mestrado.
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Já Oliveira administrava a elaboração dos créditos extraordinários e suplementares, recursos que possibilitam o remanejamento de verbas dentro do Orçamento. Na semana passada, Jair Bolsonaro determinou que a tarefa passa a ser da Casa Civil. Apesar de deixar o cargo de chefia, Márcio ainda permanecerá no quadro do ministério. Seu sucessor será Fábio Pontes, outro servidor de carreira da pasta que já está em período de transição.
Outros três técnicos deixaram a pasta nesta semana: o secretário de Gestão, Cristiano Heckert; o secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria da Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento, Gustavo Souza; e o diretor de programa da Receita Federal, Mauro Bogéa.
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