Em reunião com movimentos de rua alinhados à pauta liberal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um apelo por apoio à agenda de reformas do governo. O encontro ocorreu em almoço na casa do secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, em Brasília, nesta terça-feira (3).
> Bolsonaro tira de Guedes autorização para alterar orçamento
Entre os temas da conversa estavam as reformas administrativa e tributária e as PECs do pacto federativo. Segundo informação revelada pelo BRPolítico, do Estadão, e confirmada pelo Congresso em Foco com uma fonte que estava na reunião, o ministro apresentou um calendário das reformas e pediu para que os movimentos dessem sugestões e avaliassem o que podem fazer para apoiar a agenda econômica. Ao apresentar o cronograma de votação, o ministro disse que “são 15 semanas para mudar o Brasil”.
O prazo dado pelo ministro gerou debates sobre qual a razão do prazo dado pelo ministro. Houve quem interpretasse o prazo como uma referência a um limite imposto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um deputado da base, ligado ao grupo de Guedes, acredita, entretanto, que o prazo é referente ao fim do primeiro semestre, já que no segundo semestre os congressistas devem voltar atenções às eleições municipais.
Estavam presentes representes do Movimento Brasil Livre (MBL), Brasil 200, Vem pra Rua, Aliança Brasil e outras organizações que dão sustentação à agenda econômica do governo.
A princípio, Guedes iria receber os representantes na sede do ministério, porém o encontro foi cancelado ainda na noite de segunda-feira (2) e não foi informada nova data. Segundo assessores do ministro, o adiamento teria ocorrido porque os secretários José Barroso Tostes Neto (Receita Federal) e Paulo Uebel (Modernização do Estado) não se encontravam em Brasília. A ideia do encontro era apresentar a agenda de transformação do Estado da mesma forma que foi feito na tramitação da reforma da Previdência.
Publicidade> Líderes do Congresso se articulam para preservar Guedes