Nomeado interventor do Distrito Federal na área da segurança pública até 31 de janeiro, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, é jornalista, especializado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Cappelli, de 50 anos, foi secretário da representação do Maranhão em Brasília e secretário de Comunicação do governo maranhense nas gestões de Flávio Dino e Carlos Brandão.
Nos governos Lula e Dilma Rousseff, ele foi secretário nacional de Esporte Educacional e de Incentivo ao Esporte no Ministério do Esporte. O jornalista foi filiado ao PCdoB até 2015, quando se desfiliou, acompanhando o gesto de Dino, e presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) entre 1997 e 1999.
Cappelli foi colunista do Congresso em Foco. Homem de confiança de Dino, o número 2 do Ministério da Justiça ficará subordinado ao presidente Lula durante o período de intervenção. Caberá a ele tentar desbaratar os movimentos golpistas no Distrito Federal.
No pronunciamento em que decretou a intervenção na área da segurança pública do DF, Lula disse que houve incompetência ou mesmo má-fé no combate aos atos terroristas, que resultaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal neste domingo (8).
O presidente está em Araraquara (SP), onde acompanhou os efeitos do temporal que atingiu a cidade, e afirmou que voltará a Brasília para visitar os prédios depredados. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), tem sido criticado duramente por aliados de Lula e apontados como um dos responsáveis pelo desdobramento dos atos de hoje. Ibaneis exonerou Anderson Torres do cargo de secretário de Segurança Pública. Anderson, que era ministro de Jair Bolsonaro, viajou para a Flórida, o mesmo estado onde o ex-presidente está fixado nos Estados Unidos.