O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) foram acionados por deputados do PT para apurar e tomar medidas legais cabíveis diante de possíveis irregularidades em contratos firmados entre a empresa Globalweb Outsourcing, da ex-esposa de Frederick Wassef, e o governo Jair Bolsonaro.
A empresa foi fundada pela empresária Cristina Boner Leo, ex-mulher e sócia em empreendimentos imobiliários de Frederick Wassef, dentre esses empreendimentos está o terreno onde Fabrício Queiroz foi encontrado. O advogado do presidente Bolsonaro que atuava também na defesa do senador Flávio Bolsonaro.
O ex-assessor de Flávio é alvo de uma investigação sobre suposta organização criminosa no Rio de Janeiro que seria comandada por Flávio.
As ações são assinadas pelo líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), a deputada Margarida Salomão (PT-MG) e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Segundo os parlamentares existe uma suspeita de que contratos da Globalweb com o governo Bolsonaro foram firmados como forma de “eventual estratégia de remuneração indireta, via recursos públicos, do trabalho do advogado Frederick Wassef para a família Bolsonaro”.
Em resposta à reportagem do UOL que revelou os contrato, Cristina Boner Leo afirmou que “todos os contratos conquistados junto ao governo foram resultados de processos licitatórios eletrônicos disputadíssimos, vencidos de forma transparente e lícita. Contaram com a competição de dezenas de empresas concorrentes e muitos lances de descontos em relação a proposta apresentada originalmente. A empresa tem áreas de compliance, governança, auditoria interna e externa, central de denúncias e um quadro de executivos de mercado que demonstra a lisura e a correção com que atua no mercado”,disse em nota.
PublicidadeLeia a íntegra das representações:
Representação – MPF-Contratos com a empresa Globalweb – final 24.6.2020
Representação – TCU-Contratos com a empresa Globalweb – Final 24.6.2020