O PSOL pediu nesta quarta-feira (23) à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos por formação de “milícia digital”.
De acordo com a representação, assinada por dez deputados, o presidente e família criaram uma rede para disseminação de mentiras e ameaças na internet com o intuito de retaliar parlamentares contrários a eles.
“O Presidente da República lançou mão da máquina que detém em suas mãos para desequilibrar a disputa e passou a retaliar os parlamentares que se opuseram a apoiar que seu filho ocupasse a Liderança do Partido na Câmara”, pontuam os parlamentares no documento.
As denúncias do PSOL têm base nas declarações da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso, que afirma ter se tornado “alvo referencial do clã” em ataques na internet. Ela afirma que assessores de parlamentares e da própria Presidência da República orquestram ataques virtuais.
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“Diante da gravidade das ameaças disseminadas pela estrutura montada nas redes sociais e atribuída ao Presidente e aos seus filhos, é imprescindível e urgente a instauração dos procedimentos legais para apuração dos fatos narrados e imputação das respectivas responsabilidades, tendo em vista as ameaças existentes ao exercício das liberdades democráticas, à atuação dos membros dos demais poderes da União e à própria manutenção do Estado Democrático de Direito”, justificou o partido.
Para os deputados oposicionistas, Bolsonaro patrocinou a rede de ataques cibernéticos a opositores, cometendo assim os crimes de prevaricação e responsabilidade, além de ato de improbidade administrativa.
PublicidadeO partido sugeriu que a PGR ouça os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Delegado Waldir (PSL-GO) e a própria Joice Hasselmann para que expliquem e detalhem como funcionava a “milícia digital”. Também pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) compartilhem dados sobre investigações em curso envolvendo fake news.
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