A Executiva Nacional do PSB considera necessária a formação de uma “amplíssima” frente em defesa da democracia e contra o presidente Jair Bolsonaro. Em nota após reunião virtual na quinta-feira (11), o partido diz considerar que o governo age com “fundamentalismo de extrema-direita” inédito no mundo.
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“Esta tarefa é urgentíssima, porque não se pode dizer, infelizmente, que o presidente da República e seu grupamento ideológico estejam sendo mal sucedidos nos intento de impor sua plataforma política fundamentalista à sociedade civil. Além disso, estão melhor organizados neste momento do que as forças democráticas, e têm sob seu controle a máquina federal”, afirma o partido.
Para os socialistas, esta frente deve envolver toda a sociedade civil, como artistas, intelectuais, partidos políticos, governadores e prefeitos, sindicatos e confederações de trabalhadores, instâncias representativas democráticas das polícias, órgãos de imprensa, cientistas e autoridades de saúde. O partido se propôs a somar esforços com movimentos da sociedade civil que se opõem ao governo, como #Somos70%, #EstamosJuntos e #Basta.
O PSB afirma, ainda, que Bolsonaro busca implantar no país um regime autoritário, com uma estratégia que inclui a tentativa de armar a população civil e de envolver polícias e Forças Armadas; o desmonte da legislação e órgãos de controle ambiental; o descaso com a pandemia do coronavírus e o uso de fake news contra governos prejudicando o combate à doença; as limitações às políticas assistenciais e aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e os ataques sistemáticos à verdade e aos fatos pelas redes sociais.
Impeachment sem ruas
Membros do partido também vislumbraram que há engajamento no movimento pelo impeachment de Bolsonaro, mas não defendem protestos nas ruas em meio à pandemia de covid-19.
O PSB pretende apenas acompanhar e fortalecer o movimento multipartidário Janelas pela Democracia, que realizou uma live pelas redes sociais no último mês. Junto com PDT, Rede, PV e Cidadania, está prevista uma segunda edição do ato virtual no dia 18 de junho.
Coordenada pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, a reunião teve a presença dos governadores de Pernambuco, Paulo Câmara e do Espírito Santo, Renato Casagrande, dos ex-governadores Rodrigo Rollemberg, Ricardo Coutinho, Márcio França e João Capiberibe, do vice-presidente de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, de deputados federais, senadores, prefeitos e representantes dos segmentos sociais do partido.
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