Defendida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), a privatização dos Correios não é uma prioridade imediata do Ministério da Ciência e Tecnologia, que absorverá a pasta de Comunicações a partir de 2019. O futuro ministro Marcos Pontes afirmou nesta quinta-feira (6), em Brasília, que “por enquanto não está na pauta” a venda da estatal.
Pontes confirmou apenas que a empresa seguirá subordinada a seu ministério. O presidente eleito havia apoiado abertamente a privatização dos Correios na reta final do segundo turno das eleições. “Os Correios têm grande chance de entrar [no pacote de privatizações], porque o seu fundo de pensão foi simplesmente implodido pela administração petista. Hoje os Correios têm muitas reclamações”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Band, no dia 23 de outubro.
O atual ministro da Ciência eTecnologia, Gilberto Kassab (PSD-SP), colocou o general Juarez Aparecido de Paula Cunha na presidência dos Correios no dia 8 de novembro. Promover um militar ao comando da estatal teria sido uma medida para agradar Bolsonaro e não perder o controle sobre a empresa.