A tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal Márcia Amarilio Cunha Silva foi anunciada hoje (6) para compor o grupo de transição do governo atual, de Michel Temer, para o do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ela foi a primeira mulher a entrar na equipe. Ontem, foi divulgada a lista dos 27 nomes que vão compor o grupo. Segundo o gabinete de transição, Márcia é especialista em segurança pública.
Outro nome anunciado pela equipe de transição é o do juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça de Bolsonaro. A equipe também é composta pelos outros futuros ministros Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e o general Augusto Heleno (Defesa). O coordenador do grupo é Onyx Lorenzoni, que foi nomeado ontem como ministro extraordinário e será o chefe da Casa Civil de Bolsonaro.
Confira a lista completa divulgada ontem:
- ABRAHAM BRAGANÇA DE VASCONCELLOS WEINTRAUB
- ADOLFO SACHSIDA
- ALEXANDRE XAVIER YWATA DE CARVALHO
- ANTÔNIO FLÁVIO TESTA
- ARTHUR BRAGANÇA DE VASCONCELLOS WEINTRAUB
- AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
- BRUNO EUSTÁQUIO FERREIRA CASTRO DE CARVALHO
- CARLOS ALEXANDRE JORGE DA COSTA
- CARLOS VON DOELLINGER
- EDUARDO CHAVES VIEIRA
- GULLIEM CHARLES BEZERRA LEMOS
- GUSTAVO BEBIANNO ROCHA
- ISMAEL NOBRE
- JONATHAS ASSUNÇÃO SALVADOR NERY DE CASTRO
- LUCIANO IRINEU DE CASTRO FILHO
- LUIZ TADEU VILELA BLUMM
- MARCOS AURÉLIO CARVALHO
- MARCOS CÉSAR PONTES
- MARCOS CINTRA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
- PABLO ANTÔNIO FERNANDO TATIM DOS SANTOS
- PAULO ANTÔNIO SPENCER UEBEL
- PAULO ROBERTO
- PAULO ROBERTO NUNES GUEDES
- ROBERTO DA CUNHA CASTELLO BRANCO
- SÉRGIO AUGUSTO DE QUEIROZ
- WALDEMAR GONÇALVES ORTUNHO JUNIOR
- WALDERY RODRIGUES JUNIOR
Lista de equipe de transição de governos traz 27 nomes e nenhuma mulher
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O papel do governo de transição é compartilhar dados e definir ações entre o governo atual e o eleito para o próximo ano. O novo presidente nomeia uma equipe de até 50 técnicos, aprovada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e divulgada no Diário Oficial da União pelo ministro-chefe da Casa Civil. O processo é regulamentado pela lei 10.609/2002.
De acordo com o texto, a transição pode ocorrer oficialmente a partir de dois dias após o resultado final das eleições presidenciais. As reuniões acontecem diariamente no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. A equipe de transição se dissolve dez dias após a posse do novo governo, com a exoneração de ofício de todos os nomeados.
Essa é a principal transição presidencial desde 2002, quando Lula assumiu o governo. À época, o então presidente Fernando Henrique Cardoso convocou os dois candidatos que chegaram ao segundo turno -Lula e Serra- para discutir ações e inaugurou o modelo de transição atual. A iniciativa de FHC, que familiariza os novos gestores à situação do governo federal, foi elogiada por especialistas da área.
Com a reeleição de Lula, a próxima troca de governante só viria oito anos depois, com a posse da correligionária Dilma Rousseff – apoiada politicamente por Lula e, portanto, com poucos percalços durante as semanas iniciais.