A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (7) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão no âmbito de investigações que apuram o superfaturamento de R$130 milhões em contratos do Inep com gráficas que imprimiam provas do Enem de 2010 a 2018.
Segundo a PF, servidores do instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) favoreceram gráficas com contratos milionários. Os investigadores apontam suspeitas para o cometimento dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 20 anos de reclusão. Funcionários do órgão também são suspeitos de enriquecimento ilícito.
Os contratos sob investigação totalizaram um pagamento às empresas de R$ 880 milhões, desde 2010. Deste montante, estima-se que cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa, que é composta por empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores públicos. As investigações apontam para um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do Inep suspeitos de participação no esquema criminoso.
Leia também
> Inep torna sigiloso processo sobre PF em sala secreta do Enem