Petroleiros fazem manifestações no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte nesta quinta-feira (18) contra a privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM).
A Petrobras anunciou a conclusão da venda da refinaria aos Emirados Árabes por US$ 1,65 bilhão, metade do valor avaliado, segundo a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Os petroleiros analisam que a venda é um processo de desmonte da Petrobras e ameaça a autonomia energética de entrega de combustíveis do Norte e Nordeste.
Mais cedo, a Petrobras aumentou o preço do diesel e da gasolina pela segunda vez este mês. A partir desta sexta-feira (19), o litro do diesel vai ficar R$ 0,3305 mais caro e o da gasolina vai subir R$ 0,2262. Este é o quarto reajuste no preço da gasolina e o terceiro no valor do diesel desde o início do ano. Desde o início de janeiro, o litro da gasolina nas distribuidoras acumula alta de 34,78%. Já o do diesel subiu 27,7% no mesmo período.
O Congresso em Foco procurou a Petrobras, mas ainda não teve retorno.
Veja a nota da FNP na íntegra:
Nesta quinta-feira (18/02), Dia Nacional de Lutas, bases da FNP realizam uma série de protestos, atos, assembleias, atrasos e paralisações contra a privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM). A mobilização também ocorre nas bases da FUP.
A Petrobrás anunciou a conclusão da venda da refinaria no último dia 8 ao fundo Mudabala Capital, dos Emirados Árabes, por US$ 1,65 bilhão, metade do valor avaliado.
A venda é um grande passo no processo de desmonte da estatal, ameaça a autonomia energética da região e entrega o mercado de combustíveis do Norte e Nordeste nas mãos de uma única empresa, criando monopólio privado.
É preciso unidade da categoria petroleira contra toda e qualquer privatização. A venda de ativos afeta a todos os trabalhadores da Petrobrás e à população brasileira, que a cada dia sofre mais com a alta dos combustíveis.
FNP deliberou
Vale lembrar que as bases da FNP estão realizando assembleias desde o dia 13/02, conforme deliberado em reunião.
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