*Pedro Sales
O Ministério da Fazenda e a Bolsa de Valores do Brasil (B3) divulgaram, nesta quarta-feira (6), o Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil. São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados e capitais que mais fizeram uso do benefício, segundo o documento. Além de traçar o perfil dos beneficiários por local, o levantamento ainda demonstra recortes de gênero e idade e apresenta os valores das duas primeiras fases do programa, R$ 29 bilhões em renegociações.
Cerca de 24% dos participantes do Desenrola Brasil são de São Paulo, mais de 240 mil pessoas. Logo em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 111 mil beneficiários (11%). O terceiro estado que mais fez uso do programa foi Minas Gerais, com mais de 80 mil participantes (8%). O documento ainda aponta que dos 5.571 municípios com público elegível para participar do programa, 5.491 tiveram renegociações, ou seja, 98,6%.
A predominância dos estados do Sudeste, também se reflete no recorte por capitais, responsáveis por 34% do valor total renegociado. São Paulo foi a líder em renegociações. O valor original da dívida ultrapassava R$ 420 milhões, ao passo que o negociado foi de R$ 55 milhões. Rio de Janeiro foi a segunda capital com mais renegociações, com valor original de dívidas de R$ 236 milhões, foi pago R$ 28 milhões. Brasília, por sua vez, teve a terceira colocação no ranking, com R$ 17 milhões renegociados de R$ 129 milhões em dívidas.
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Confira as 10 capitais com maior valor negociado:
- São Paulo-SP (R$ 55,1 mi)
- Rio de Janeiro-RJ (R$ 28,9 mi)
- Brasília-DF (R$ 17,7 mi)
- Manaus-AM (R$ 15,2 mi)
- Fortaleza-CE (R$ 14,3 mi)
- Salvador-BA (R$ 12,3 mi)
- Belo Horizonte-MG (R$ 10 mi)
- Campo Grande-MS (R$ 7,5 mi)
- Recife-PE (R$ 6,8 mi)
- Curitiba-PR (R$ 6,2 mi)
Ainda de acordo com o censo, 53% das pessoas que participaram do Desenrola Brasil são mulheres. A principal faixa etária em ambos os gêneros foi de 35 a 44 anos, representando 23,81% do total dos beneficiários do programa.
PublicidadeValores e serviços
Durante a primeira e segunda fase do Desenrola Brasil, foram R$ 29 bilhões em dívidas renegociadas. O programa atendeu 10,7 milhões de brasileiros que lidavam com dívidas antigas e puderam quitá-las com altos percentuais de desconto. Em pagamentos à vista, a média foi de 90% e em parcelados, o desconto médio foi de 85%. Em relação a isso, 53% dos contratos foram parcelados, cujo ticket médio era R$ 791, e 47%, pagos à vista, com valor médio de R$ 248 nos contratos.
Os principais setores com renegociação foram: serviços financeiros (R$ 3.3 bi), securitizadoras (R$ 513 mi), comércio (R$ 213 mi), conta de luz (R$ 143 mi) e educação (R$ 53 mi). Demais setores, como construtoras, locadora de veículos e cooperativas teve valor de R$ 43 milhões. conta de telefone/internet e de água tiveram respectivamente R$ 28 milhões e R$ 8 milhões em renegociações. Por fim, o último setor, que corresponde a empresas de pequeno porte e microempresas registraram valor de R$ 4 milhões.
*Estagiário, sob supervisão da editora Iara Lemos