Agentes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) realizaram uma inspeção no Palácio do Planalto, na noite desta quarta-feira (13), após as explosões na Praça dos Três Poderes. Segundo a perícia, não há indícios de explosivos nem qualquer outra ameaça à segurança da sede presidencial. O general Marco Antonio Amaro do Santos, ministro-chefe do GSI, acompanhou a varredura.
“Foi feito um reforço no perímetro, uma varredura externa e uma interna, mas nada foi encontrado”, declarou o general.
De acordo com Marco Amaro, não há motivos para impedir o presidente Lula de manter a agenda prevista para esta quinta-feira (14), mas a decisão fica a encargo do gabinete presidencial.
“Isso aí depende do gabinete dele manter a agenda [no Palácio do Planalto]. A princípio, sim. A gente não vê razão para suspender a agenda, mas não cabe a nós decidir”, afirmou o ministro-chefe do GSI.
Conforme a agenda oficial, o presidente receberá cartas de embaixadores pela manhã, durante uma coletiva de imprensa. À tarde, Lula embarca para o Rio de Janeiro, onde participará da Cúpula de Líderes do G20, que reúne chefes de Estado e de governo. O Planalto ainda não definiu se manterá a agenda.
O presidente estava no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, no momento das explosões. Ele teve o acesso ao local do incidente bloqueado e a segurança reforçada. Lula recebeu a visita do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
PublicidadeO general Marco Amaro admitiu que o caso está sendo investigado como um possível atentado. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Distrito Federal também está inspecionando a área para identificar outras possíveis causas da explosão que culminou na morte de um homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz candidato a vereador pelo PL em 2020. O Governo do Distrito Federal (GDF) aguarda a conclusão da perícia.
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