O perfil cultural brasileiro – fruto de séculos de sincretismo, miscigenação, diversidade e originalidade – acumulou, dentre várias outras tradições, o apego a algumas crendices, mitos, dogmas e superstições.
Uma delas reflete o nosso atávico otimismo. Afinal, “Deus é brasileiro”, “O brasileiro não desiste nunca” e o “O Brasil é o país do futuro”. Acreditamos sempre que, independente de nossas ações conscientes e concretas, alguma coisa transcendental ou divina irá sempre nos salvar de nossos erros ou desvios.
Realmente, o Brasil foi o país que mais cresceu no pós-guerra até 1980. O fantástico desempenho da economia brasileira no período autorizou a visão ufanista sobre nosso futuro. Mas o segundo choque do petróleo, a moratória da dívida externa e a hiperinflação crônica puxaram o freio de mão.
Os últimos 40 anos configuraram o “voo de galinha” na economia e o agravamento dos desequilíbrios fiscais. A Constituição Cidadã de 1988, ao lado de grandes avanços democráticos, deixou inequivocamente uma bomba de efeito retardado no plano fiscal que se tornou insustentável com a mudança de cenário em relação ao crescimento e com a lentidão das reformas que refundassem o desenvolvimento capitalista no Brasil. Compare leitor a variação da renda per capita do Brasil, do Chile e da Coréia do Sul entre 1975 e 2018.
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Todas as iniciativas reformistas, como as de FHC – Plano Real, responsabilidade fiscal, PROER, privatizações, reforma da previdência – enfrentaram imensas resistências e produziram resultados aquém dos necessários.
Outra crença difundida e que tem razões verdadeiras é de que há uma “Lua de Mel” dos governos com a sociedade em seus primeiros seis meses. A força herdada das urnas deve embasar uma ação enérgica e transformadora na implantação das diretrizes governamentais.
Daí, a fundada e crescente preocupação de lideranças políticas, sociais e empresariais com a deterioração do cenário nacional e os descaminhos do governo Bolsonaro.
Chegamos aos quatro meses de governo com decepcionantes e insuficientes resultados. O governo se perde na falta de coordenação e na energia gasta com assuntos secundários e polêmicos. A disputa entre os grupos econômico-liberal, militar, ideológico e familiar orientada pelo “Bruxo da Virgínia” e os ministros técnicos e políticos tem produzido um jogo de soma zero e realçado a falta de um plano estratégico. O exemplo maior dos “gestos inúteis” foram os ataques do Zero 2 e seu guru ao vice- presidente General Hamilton Mourão.
Enquanto isso, a reforma da previdência leva três meses para a votação da admissibilidade, houve queda de 179 mil postos formais de trabalho no primeiro trimestre denotando uma tendência recessiva e assistimos à queda súbita e consistente da popularidade do presidente, medida pela pesquisa CNI/IBOPE.
Se as reformas não avançarem e rápido pode haver uma reversão radical das expectativas em relação à economia do país, a “Lua de Mel” chegar ao fim com a erosão da força política do governo e o mau humor da população explodir com a falta de resultados apresentados pela “nova política”.
Neste caso o futuro será nebuloso e, infelizmente, começaremos a desconfiar dessa estória de que “Deus é brasileiro” e o “Brasil é o país do futuro”.
Mãos à obra, líderes dessa pobre e sofrida Nação!!!
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Na economia não tem milagre e sim planejamento, infraestrutura, investimento. O presidente Jair Bolsonaro recebeu uma economia destroçada, foram quatorze anos de um desgoverno nunca visto no Brasil. Foi uma irresponsabilidade com o erário nunca visto em nenhum governo anterior ao dos PT. Saiu distribuindo os nossos pesados impostos para várias ditadura comunista africana e da América Latina e foram bilhões de reais através de empréstimos fraudulentos pelo BNDES. Se parou obras importantes que iria beneficiar as regiões Nordeste e Norte, como as transposições das águas do Rio São Francisco, as obras foram paradas para construir um grande porto na ditadura Comunista de Cuba. Agora querem que o presidente Jair Bolsonaro faça milagre, não adianta que ele não vai conseguir, o que ele pode fazer é o que ele está fazendo desde do inicio do seu governo, que é colocar a casa chamada Brasil em ordem. Por mais que ele quisesse fazer algum algum investimento pesado, ele não poderia, simplesmente, ele recebeu o país falido, por isso, vamos ter de esperar até a casa chamada Brasil, está totalmente em ordem.
Marcus Pestana, Colunista da ESQUERDA PROGRESSISTA e grande intelectual dessa revista canhota. Imagino angustia de ter um fâ preso.
Marcus Pestana que tal ir para a cozinha “lavar louça” e abandonar de vez essa mediocridade de notícias. Cria vergonha na cara meu e trabalhe!.
Você podia refletir sobre o papel da imprensa também, se ler a Uol todo
Dia, verá muito claramente que o maior destaque e sempre sobre esses assuntos inúteis, de polêmicas de rede social entre os filhos, destaques a partes menos importantes e que causam polêmicas, se o governo fala dez coisas e uma e sobre polêmicas, adivinha quem faz todo alarde??? Veja todos os blogs de Uol e folha, diga sinceramente se existe o mínimo de interesse em divulgar algo sério. Vamos ser realistas também com a parte da imprensa.
Me dê uma só notícia boa , séria que a mídia poderia ter destacado nestes primeiros quatro meses ……..cite uma ….por favor ……