O secretário especial de Cultura, Mario Frias, articulou a nomeação do cunhado Christiano Camatti em cargo de confiança na Embratur. Desde o final de 2021, o advogado recebe salário de R$ 18,4 mil para coordenar a parte de infraestrutura do órgão, que, assim como Frias, é ligado ao Ministério do Turismo. As informações são da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Christiano Camatti é irmão de Juliana Camatti, mulher de Mario Frias. Além de irmãos, os dois também são sócios da S&C Siderurgia e Metalúrgica, empresa sediada em Santa Catarina que fabrica máquinas industriais.
A colunal entrou em contato com Christiano Camatti por telefone, que negou que trabalhasse na Embratur. Mais tarde, o repórter foi até a sede do órgão, e o porteiro confirmou que Camatti estava em sua sala. O empresário foi avisado da visita, mas proibiu o repórter de subir para conversar e afirmou que “não tem nada a declarar”.
O Congresso em Foco entrou em contato com as assessorias do Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura e da Embratur via telefone e e-mail, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
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Na sexta-feira, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou que a corte investigue os gastos públicos da viagem oficial de Mario Frias a Nova York. A viagem ocorreu entre os dias 15 e 18 de dezembro de 2021 e custou R$ 39 mil aos cofres públicos, de acordo com o Portal da Transparência. A representação, encaminhada pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado, classificou como “extravagante” a viagem de Frias. Rocha também acusa o secretário de ferir o princípio da “moralidade administrativa”.
Além de Mario Frias, o secretário especial adjunto da Cultura, Hélio Ferraz, também esteve na viagem. Ao todo, a ida de ambos aos Estados Unidos custou R$ 78,2 mil aos cofres públicos. A viagem, de acordo com o Portal da Transparência, teve o objetivo de discutir um projeto de audiovisual com o empresário Bruno Garcia e com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie.
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