Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e sindicalista, o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) tomou posse nesta terça-feira (3) como ministro do Trabalho e Emprego. Em seu discurso de posse, o ministro prometeu apresentar uma proposta de valorização permanente do salário mínimo.
“Quero convocá-los para, em um curto espaço de tempo, oferecermos ao presidente Lula uma proposta de política de valorização permanente do salário mínimo a ser apresentada ao Congresso Nacional”, afirmou. O reajuste real do pagamento mínimo foi uma das prioridades do novo governo, que utilizou o espaço fiscal aberto com a PEC da Transição para aumentar o valor de R$ 1.212 para R$ 1.320.
O ministro destacou que trabalhará para regulamentar as relações trabalhistas, especialmente as que envolvem aplicativos e plataformas, considerando questões relativas à saúde, segurança e proteção social. Segundo o ministro, a ideia é garantir “padrões civilizados” para esses vínculos de prestação de serviço.
Outra promessa de Marinho é a de fortalecer os sindicatos, construindo juntamente com o Congresso Nacional uma “legislação que modernize o sistema sindical”. “A negociação coletiva requer sindicatos fortes, com representatividade e capacidade de se financiar”, ressaltou.
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Marinho também defendeu o fim da distinção salarial motivada por gênero e identidade racial. “A desigualdade está enraizada na sociedade e é reproduzida no mundo do trabalho. A igualdade dos salários entre mulheres e homens, entre brancos e negros farão parte das políticas que nos guiarão”, destacou.
É a segunda vez que Marinho chefiará a pasta, após ter sido o ministro do Trabalho e da Previdência entre 2005 e 2007, entre o primeiro e o segundo mandato do presidente Lula (PT). O ministro conheceu Lula no final da década de 1970, durante as greves dos metalúrgicos. Marinho entrou para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 1984 e foi o presidente da entidade de 1996 até 2003. Foi o prefeito de São Bernardo do Campo entre 2009 e 2016.
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