A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, deu carona para Michelle Bolsonaro e outros sete parentes da primeira-dama em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em viagem feita de Brasília para São Paulo em 21 de agosto. O voo foi solicitado pela ministra com a justificativa de ir a um evento do Pátria Voluntária, programa coordenado por Michelle.
Conforme revelou o jornal O Globo, naquela noite, Michelle e Damares participaram de uma festa de aniversário de Agustin Fernandez, influenciador digital e maquiador amigo das duas. Na volta para Brasília, o aniversariante também pegou carona no avião da FAB.
O voo para São Paulo levou ao todo 16 passageiros. Estavam presentes a filha mais velha, três irmãos, uma cunhada e dois sobrinhos de Michelle, além de Sarita Pessoa, mulher do ministro do Turismo, Gilson Machado.
O uso de aeronaves para o cumprimento de agenda que não esteja relacionada às obrigações dos cargos é proibido por decreto do governo federal. “A comitiva que acompanha a autoridade na aeronave do Comando da Aeronáutica terá estrita ligação com a agenda a ser cumprida, exceto nos casos de emergência médica ou de segurança”, diz trecho da lei.
“A gente vai explicar. Tem algum impedimento na lei?” questionou Damares, ao ser abordada por jornalista em um evento no Palácio do Planalto. Em nota, a pasta afirmou que “considera que não houve qualquer irregularidade no transporte da comitiva” e afirmou que o influenciador voltou no avião da FAB também na condição de voluntário do programa voluntário, já que ajudou na organização de casamentos comunitários pelo projeto.
Uma das irmãs da primeira-dama disse por telefone que a viagem foi “pessoal”. A cunhada afirmou que o ministério quem responderia sobre demais esclarecimentos. A assessoria da primeira-dama também disse que o Ministério de Damares que responderia. O maquiador Augustin Fernandez não retornou aos contatos.
PublicidadeJá o Ministério do Turismo afirmou que Gilson Machado “cumpriu extensa agenda de trabalho nos municípios de São Paulo e Boituva”, mas não explicou a presença da mulher do ministro.
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