Um dos maiores defensores da expulsão do deputado Alexandre Frota do PSL, o senador Major Olímpio disse há pouco ao Congresso em Foco que, confirmado o desligamento do parlamentar do partido, a prioridade da legenda agora deve ser a reorganização partidária. “Precisamos ressuscitar o partido em São Paulo”, estado pelo qual ambos os congressistas se elegeram em 2018.
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Ressaltando que a punição aplicada ao deputado foi uma decisão unânime de todos os nove membros da Executiva Nacional do PSL presentes à reunião que definiu o destino de Alexandre Frota, Major Olímpio afirmou: “Como dizem, que Deus o guarde e esqueça onde. Tomara que seja feliz na próxima legenda”.
Segundo o senador, o PSL de São Paulo – que ele presidiu entre 3 de abril de 2018 e 25 de abril de 2019 – só disputou as eleições do ano passado em razão de uma liminar da Justiça, já que tanto o diretório estadual quanto “pelo menos 50 diretórios municipais” estão suspensos em razão da não entrega da prestação de contas no período de 2009 a 2016.
No seu entender, “transbordou fundamentação” no afastamento de Frota. “Ali foi pelo conjunto da obra”, disse Major Olímpio, a quem o deputado chegou a acusar de ser “um ratinho atrás de Bolsonaro”. “Foram manifestações que feriram o Código de Ética e o estatuto do partido. Agressões contra o partido, componentes do partido e o próprio presidente da República, que é o líder maior do PSL”, acrescentou Olímpio.
O senador prosseguiu: “O meu entendimento era de que deveria o partido pedir o mandato também, mas a maioria entendeu que bastariam simplesmente a desfiliação e expulsão e eu saí satisfeito com a decisão. A decisão do partido é soberana. O partido não vai pedir o mandato, mas qualquer dos suplentes, ou mesmo o Ministério Público, pode pedir. Se isso vai acontecer ou não, não sei. Eu não vou pedir”.
PublicidadeA reportagem do Congresso em Foco procurou, insistentemente, o deputado Alexandre Frota para comentar a decisão do PSL, mas ele se mantém até o presente momento sem se manifestar sobre o assunto.
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