O senador Major Olimpio (PSL-SP) disse nesta segunda-feira (13) ao Congresso em Foco que tomou a decisão de pedir a desfiliação da legenda que lidera no Senado. A saída é anunciada após reportagem do jornal O Globo afirmar que o presidente Jair Bolsonaro negocia cargos com o partido em troca de apoio na Câmara.
Bolsonaro está rompido com o PSL, legenda pela qual se elegeu, desde novembro de 2019.
O senador afirmou que vai ficar um período sem filiação partidária. Senadores não correm risco de perder o mandato por infidelidade partidária, pois a Justiça considera que, no caso deles, o mandato pertence ao congressista, e não à sigla, como acontece com os deputados.
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“Sairei sim. Fui pego de surpresa por esta hecatombe da notícia que para mim destrói a dignidade do partido e seus integrantes. Claro que não tenho nenhum partido para ir”, disse ao site.
Ele completou: “Não tenho outro remédio . Estou mais perdido que cachorro que caiu da mudança. Até sexta (dia 10), eu estava correndo que nem louco ajudando pré-candidaturas do PSL em todo o Brasil”.
Procurado pelo site para comentar o assunto, o presidente do partido, Luciano Bivar, disse que a decisão de Olímpio é baseada em “versões”. “Ele tomou conhecimento pelo jornal, tira as versões dele e decide o que fazer com as versões dele, eu não posso brigar contra a fumaça”.
O presidente partidário afirmou que não participou de negociação de cargos no governo federal, mas disse que não condena os partidos que fazem isso.
“Isso não chega à Executiva Nacional porque ela tem por princípio a gente não aceitar nenhum cargo, não é condenação, a gente não condena quem aceita cargo, mas o PSL não quer macular seus votos para que o público imagine que a gente vá votar em função de cargos”.
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