O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou do governo o envio das reformas e defendeu a busca de diálogo para que Executivo e Legislativo avancem com a agenda econômica. Em uma palestra realizada nesta sexta-feira (6), na Fundação Fernando Henrique Cardoso. Maia afirmou que o ministro Paulo Guedes, da Economia, tem “cabeça racional”.
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“Falei com Davi [Alcolumbre, presidente do Senado] e ele vai propor uma reunião da equipe econômica com o Congresso para ver o tamanho da crise e o que, em conjunto, aqueles que têm cabeça racional no governo podem falar com a Câmara e o Senado”, disse Maia, segundo registro do Valor Econômico.
Ao ser questionado se o ministro da Economia estaria enfraquecido, Maia saiu em sua defesa. “Paulo Guedes é um ponto de equilíbrio, é um homem de diálogo, tem nos ajudado, tem um espírito público enorme”, avaliou.
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“Não vamos entrar no jogo do quanto pior, melhor, nesse jogo de criar crise institucional onde não existe”, disse.
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PublicidadeNa visão de Maia, o Congresso poderia estar avançando em algumas pautas que estão prontas para votação, como a independência do Banco Central, mas que acabam retardadas porque se criam polêmicas onde não existe.
“Temos que ter muito equilíbrio, muita paciência, compreender que o governo está pressionado. Governo prometeu muito e ainda não entregou”, ponderou Maia. Segundo ele, a superação da crise, agravada pela situação do coronavírus, passa por mais diálogo entre os poderes. Na próxima semana, o presidente do Senado deve convocar reunião com equipe econômica e líderes partidários da Câmara e do Senado para discutir a crise e buscar soluções em conjunto.
“Queremos colaborar, sempre quisemos assim e agora mais ainda que a economia parece que vai patinar”, disse.
Parlamentarismo
Maia também disse que a tese de parlamentarismo branco gera desgaste e se colocou contra a mudança de sistema de governo no Brasil neste momento. O presidente da Câmara ainda culpouo entorno do presidente Jair Bolsonaro pela circulação da ideia nas redes sociais e pela disseminação de fakes news contra as instituições.
“O Parlamento tem cumprido seu papel. Nós não queremos um milímetro do que é de responsabilidade do Executivo, mas também queremos que o espaço e as prerrogativas parlamentares sejam respeitadas”, disse.
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