O presidente eleito Lula (PT) anunciou nesta quinta-feira (29) a última leva de ministros para o seu terceiro mandato, incluindo cinco mulheres. O petista começará o seu governo com 11 ministras, distribuídas entre os 37 ministérios. Proporcionalmente, elas serão 29,7% da Esplanada dos Ministérios.
Lula quebra o recorde que pertencia à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que chegou a ter dez ministras simultaneamente no seu primeiro mandato. Na época, Dilma também tinha 37 ministros e destinou 27% deles para as mulheres. No segundo mandato, a ex-presidente não conseguiu manter o nível de diversidade, tendo apenas seis ministras nos 39 ministérios (15,3%).
Serão ministras de Lula no seu governo que se inicia no próximo domingo (1º): Ana Moser (Esporte); Anielle Franco (Igualdade Racial); Cida Gonçalves (Mulheres); Daniela do Waguinho (Turismo); Esther Dweck (Gestão); Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); Margareth Menezes (Cultura); Marina Silva (Meio Ambiente); Nísia Trindade (Saúde); Simone Tebet (Planejamento); e Sônia Guajajara (Povos Indígenas).
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“Estou feliz porque nunca antes na história do Brasil houve tantas mulheres ministras. Nunca antes tivemos uma indígena ministra dos povos indígenas”, afirmou o presidente eleito. Lula também afirmou que anunciará mulheres para o comando do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, mas não adiantou os nomes.
“Nós vamos ter uma mulher presidenta da Caixa Econômica Federal e uma no Banco do Brasil. O Banco do Brasil tem 200 anos e nunca se pensou, nem de perto, de ter uma mulher presidenta. E nós vamos provar que uma mulher pode ser melhor que muitos homens”, ressaltou.
Comparado ao seu antecessor, o presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula começa com uma Esplanada dos Ministérios mais diversa. Em seus quatro anos de mandato, Bolsonaro teve apenas três ministras simultaneamente: Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Tereza Cristina (Agricultura).
PublicidadeCom uma lista de ministérios mais enxuta, somando 22 pastas, o presidente teve 18% dos ministérios ocupados por mulheres. Em março deste ano, as três ministras se afastaram para concorrer às eleições. Somente Damares foi substituída por outra mulher, Cristiane Brito, e o governo Bolsonaro se encerra com apenas uma ministra, o equivalente a 4% da Esplanada dos Ministérios.