O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta quarta-feira (17) para o Japão, onde para participar da Cúpula do G7 durante o final de semana em Hiroshima. Após o último comparecimento realizado há 14 anos, esta é a sétima vez que Lula integra o encontro como convidado.
O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, também participa do evento que reúne o bloco países mais ricos e industrializados do mundo (Japão, Reino Unido, França, Itália, Estados Unidos, Canadá e Alemanha). Lula tem encontros bilaterais com o Japão, Indonésia e Índia e ainda busca agenda com a França.
O convite chegou ao presidente pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Assim como Vietnã, Índia, Indonésia e Austrália, o Brasil compõe o grupo de países que integra a reunião na condição de convidado.
Os assuntos debatidos no G7, cuja presidência atual é do Japão, são a guerra entre Rússia e Ucrânia, ações climáticas, equilíbrio energético, saúde pública e inflação. Outro ponto no foco de discussão é a segurança alimentar no planeta. Entidades como o Banco Mundial, União Europeia e Nações Unidas também têm espaço garantido na cúpula.
Leia também
Histórico
Participações do Brasil na cúpula do G7:
Publicidade- 2003: Cúpula de Évian-les-Bains, França
- 2005: Cúpula de Gleneagles, Reino Unido
- 2006: Cúpula de São Petersburgo, Rússia
- 2007: Cúpula de Heiligendamm, Alemanha
- 2008: Cúpula de Hokkaido, Japão
- 2009: Cúpula de L’Aquila, Itália.
Ainda nesta quarta, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha emitiu uma nota em que alerta os participantes da cúpula dos riscos pelo uso de armas nucleares. Hiroshima, que sedia o evento, foi atacada por bombas atômicas durante a segunda Guerra Mundial, com danos para a humanidade que se estendem até os dias de hoje.
“Em prol da sobrevivência da humanidade, devemos livrar o mundo de armas que possam provocar consequências humanitárias catastróficas e danos irreversíveis. Toda a comunidade internacional deve agir de modo imediato e decisivo. Em meio a fortes tensões políticas e novas medidas para expandir arsenais, o risco do uso de armas nucleares é o maior desde os piores momentos da Guerra Fria”, diz o texto assinado pela presidente do CICV, Mirjana Spoljaric, e pelo presidente da Cruz Vermelha Japonesa, Atsushi Seike.