Durante a COP 28, a conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, o presidente Lula (PT) confirmou que o Brasil irá fazer parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). A entrada brasileira no grupo deve ser feita em janeiro de 2024.
“O Brasil vai participar não da Opep, mas da Opep+. Vamos pautar a importância de superar a política de combustíveis fósseis, para que os países que ganham dinheiro com essa política possam investir na energia do futuro, a energia verde”, disse Lula. “Essa superação é uma vontade, mas o caminho até lá é um desafio”.
Para o presidente, a participação no grupo de aliados dos produtores de petróleo é uma oportunidade para trabalhar no caminho de uma transição energética. Lula afirma que é necessário encontrar alternativas aos combustíveis fósseis.
Uma dessas alternativas seria o hidrogênio verde, combustível extraído da água submetida a eletrólise por meio de fontes sustentáveis de energia. Logo antes da COP 28, a Câmara dos Deputados aprovou o marco legal para a produção do combustível, indicado como uma aposta para o futuro.
O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, deve representar o Brasil na Opep+. Segundo ele, o objetivo é “usar as receitas do petróleo para financiar energia limpa e renovável”.
A Opep é uma organização da qual 13 países fazem parte. São eles: Argélia, Angola. Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela. Além desse grupo, há os aliados, indicado pela Opep+, com outros países produtores de petróleo.
PublicidadeO grupo se reúne periodicamente para decidir o aumento ou diminuição da produção de petróleo. Normalmente, as decisões são tomadas para manter ou aumentar o valor do barril de petróleo no mercado internacional.
Para o Greenpeace Brasil, a entrada do Brasil na Opep+ vai na “contramão” de medidas para recuperação do meio ambiente e de combate à crise climática. Organizações da sociedade civil cobram medidas para o fim dos combustíveis fósseis, incluindo o fim de subsídios fiscais para o setor.