Após meses de negociações com o PP para inclusão da sigla em sua base no Congresso, o governo anunciou nesta quarta-feira (25) a exoneração da presidente da Caixa, Rita Serrano, que será substituída por Carlos Antônio Vieira Fernandes, aliado direto tanto do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quanto do líder da maioria na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
“Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”, ressaltou em nota a Secretaria de Comunicação do Planalto.
A presidência da Caixa é o segundo órgão que o governo entrega ao PP com o escopo de solidificar sua base de apoio no Legislativo. Em setembro, o governo havia exonerado a ex-ministra do Esporte, Ana Moser, para que a pasta fosse entregue ao atual ministro e antigo líder da bancada do PP na Câmara, André Fufuca.
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O banco estatal era esperado para ser distribuído a um indicado de Arthur Lira logo em seguida, mas a troca foi prorrogada em decorrência das viagens internacionais do presidente Lula, bem como de sua cirurgia no quadril, que o afastou de parte das atribuições por duas semanas, e também em função das viagens do presidente da Câmara à China e Índia.
Rita Serrano, em sua gestão, conseguiu iniciar o processo de instalação das salas de atendimento a prefeitos, uma das promessas de campanha do governo. Apesar disso, a pressão de Lira por sua pasta e o recente desentendimento com o deputado em decorrência de uma exposição patrocinada pela Fundação Cultural da Caixa tornaram inevitável a sua saída.
Carlos Vieira, que assume o lugar dela, é servidor da Caixa, e exerceu diversas funções em parceria com quadros do PP ao longo de sua carreira. Ele chegou a atuar como secretário executivo de Aguinaldo Ribeiro entre 2012 e 2014, quando este assumiu o Ministério das Cidades. Em nota, o Planalto declarou que sua atuação deverá dar “continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas”.
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