O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, aceitou, na noite desta quarta-feira (10) o convite feito pelo presidente Lula e será o novo ministro da Justiça. O anúncio oficial é aguardado para esta quinta-feira (11).
Lewandowski esteve reunido com Lula e o atual ministro da Justiça Flávio Dino, que toma posse em fevereiro no STF, para definir os trâmites da transição. Nesta quinta, o governo iniciou as exonerações dos servidores que estavam diretamente ligados a Ricardo Cappelli, que está no comando da pasta. O futuro de Capelli ainda não foi anunciado. Lewandowski possui seus próprios aliados e técnicos de confiança, que devem assumir o lugar desses quadros.
A nomeação de Lewandowski também requer um plano sobre como serão distribuídas as funções na gestão da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos principais portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. A reunião para tratar desta parte do tabuleiro ministerial vai acontecer às 11h no Palácio do Planalto. Lula, Lewandowski e Dino vão participar da reunião.
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O ex-ministro do STF se aposentou da Corte em abril de 2023, após completar 75 anos e sempre foi colocado como o preferido de Lula para o cargo. A colocação de Lewandowski enfraquece a participação do PSB, que pleiteava o nome de Ricardo Cappelli para o comando da pasta, na Esplanada dos Ministérios. Capelli vai se encontrar nesta quinta-feira com o Dino, às 10h. Ele já expressou que não tem vontade de ir para outro cargo, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
O líder do partido na Câmara, Gervásio Maia (PSB-PB), afirma que o partido permanecerá pleiteando a permanência da equipe do PSB nas principais secretarias do ministério, preferencialmente sob a chefia de Cappelli. “É um time que vem fazendo um trabalho muito bom, seja no campo político, seja na condição de quadro técnico no governo de reconstrução do presidente Lula, basta comparar os números da segurança pública em 2023 com os quatro anos do governo Bolsonaro”, defendeu.