Apesar de não ter informado um prazo, o primeiro-ministro, Fumio Kishida, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o Japão pretende autorizar a isenção de visto para os brasileiros. A isenção seria disponibilizada apenas para estadias de curta duração.
A informação foi comunicada pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão. Em nota, o governo do Japão também registrou o compromisso de proteção ambiental e combate às mudanças climáticas entre as lideranças. A conversa entre Kishida e Lula ocorreu na noite de sexta-feira (19), em reunião bilateral na cúpula do G-7, em Hiroshima.
O diálogo também envolveu o montante de R$ 1 bilhão em forma de empréstimos para a saúde, entre outros setores no Brasil, que havia restabelecido há uma semana a necessidade de visto para visitantes de países como Japão, Austrália, Estados Unidos e Canadá. A medida passa a vigorar a partir de 1º de outubro pelo princípio da reciprocidade.
O Japão busca reaquecer o mercado de turismo nacional e o das companhias aéreas, além de também ter interesse na reforma tributária brasileira, conforme manifestado pelo primeiro-ministro em reunião com Mauro Vieira, ministro de Relações Exteriores do Brasil.
Leia também
Lula no G7
Após o último comparecimento há 14 anos, esta é a sétima vez que Lula integra o encontro como convidado. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, também participa do evento que reúne o bloco países mais ricos e industrializados do mundo (Japão, Reino Unido, França, Itália, Estados Unidos, Canadá e Alemanha). Lula tem encontros bilaterais com o Japão, Indonésia e Índia e ainda busca agenda com a França.
O convite chegou ao presidente pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Assim como Vietnã, Índia, Indonésia e Austrália, o Brasil compõe o grupo de países que integra a reunião na condição de convidado.
PublicidadeOs assuntos debatidos no G7, cuja presidência atual é do Japão, são a guerra entre Rússia e Ucrânia, ações climáticas, equilíbrio energético, saúde pública e inflação. Outro ponto no foco de discussão é a segurança alimentar no planeta. Entidades como o Banco Mundial, União Europeia e Nações Unidas também têm espaço garantido na cúpula.