O Ministério das Relações Exteriores informou, na manhã desta segunda-feira (17), que a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fez um pedido específico para não convidar representantes de Cuba e Venezuela para a posse, no dia 1º de janeiro, depois que eles já haviam sido chamados.
Inicialmente, segundo o Itamaraty, Bolsonaro fez “a recomendação de que todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas deveriam ser convidado”. Ou seja, os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Venezuela, Nicolás Maduro, chegaram a receber convites.
O futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou no último domingo que Maduro não foi chamado “em respeito ao povo venezuelano”, porque “não há lugar” para Maduro em uma celebração democrática. No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, respondeu também no Twitter que o governo venezuelano foi sim convidado, mas que já havia declinado.
Pelo documento mostrado por Arreaza, datado do dia 12 (última quarta), a Venezuela afirma que “não assistiria jamais à posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da entrega a interesses contrário à integração latino-americana e caribenha”.
Ainda no domingo, o próprio Bolsonaro comentou o assunto no Twitter, escrevendo que “regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019”.