Indígenas brasileiros vão à Organização das Nações Unidas (ONU) para desmentir o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro durante Assembléia realizada em Nova York na semana passada.
Segundo o colunista Jamil Chade, do UOL, o grupo de indígenas aponta que o discurso de Bolsonaro foi montado sob várias afirmações que omitem as graves violações aos direitos humanos sofridas por povos indígenas relacionadas à pandemia do coronavírus e à preservação ambiental e territorial.
O objetivo de acionar a ONU é a tentativa de um apoio internacional que seja capaz de pressionar o governo brasileiro para mudar o comportamento no debate sobre direitos humanos e grupos indígenas.
Assim, lideranças indígenas, representantes de organizações e membros da sociedade civil participarão de seis intervenções entre diálogos interativos, painéis, eventos paralelos e debates gerais no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Os eventos contarão com a participação de representantes do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), Rede Nacional em Defesa da Soberania Alimentar na Guatemala (REDSAG Guatemala) e Franciscans International.
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A primeira intervenção no Conselho da ONU será feita pelo secretário executivo do Cimi, Antônio Eduardo de Oliveira, que irá abordar aspectos da pandemia da covid-19, a vacinação e as medidas adotadas pelos povos indígenas.
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